domingo, 26 de dezembro de 2010

Vergonha



Essa é a prova cabal de que não vivemos em um país sério. Basta lembrar rapidamente o desrespeitado Artigo 5º, Parágrafo XV da Constituição Federal: "é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens"

Se você, assim como eu, é tomado por uma revolta e vontade de esquartejar os responsáveis por abusos do tipo, divulgue esse vídeo o quanto puder. Para vencer isso e tudo mais de corrupto que existe é preciso que não percamos a capacidade de nos indignar.

J.Felipe

domingo, 19 de dezembro de 2010

É para o povo?




A quem interessa a reforma do Maracanã? Reduzem a capacidade do estádio em obras e obras alegando necessidade de moldá-lo pelas normas da FIFA para a Copa do Mundo, esquecem que futebol é arte, é cultura, coisa do povo e pro povo e o preço dos ingressos fica cada vez mais alto.

A mídia vende a reforma como algo positivo obviamente por que não interessa para eles estádios lotados, visto que seus aparatos tecnológicos possibilitam toda e qualquer manipulação de áudio ou a indução de um ambiente lotado e barulhento. Já os interessa demais que o cara sente na poltrona de casa e compre o pacote do campeonato que ela investe uma grana, tem poder de veto e manda nos horários e na tabela.

Uma simples arquibancada de jogo de meio de campeonato vi esse ano saindo por super modestos R$ 50,00. Inclua sua cerveja, água, salgadinho e pense "Tá louco! Vou ficar em casa no sofá vendo tudo com direito a replay". Estabelecem assim condições para que o cara não vá ao estádio e compre o seu pacote. Não se interessam pelo torcedor e sim pelo telespectador. Quem vai em jogo hoje em dia não tem dinheiro para ingresso dos jogos da Copa. Veremos em 2014 o estádio do povo sendo clamufladamente fechado para os nobres sentarem e acenderem os charutos assistindo um "supermegaultrapopular" clássico como Brasil x Argentina.

O Maracanã, impulsionadamente conhecido internacionalmente como "o maior estádio do mundo" teve além da capacidade de público, sua extensão de gramado também reduzida. O São Paulo Futebol Clube não entrou na roda. Ficamos sem jogo de fácil acesso para pagar e assistir no moderno e pomposo estádio, o Morumbi tem o dele. Ficamos sem estádio, não vimos Paul McCartney e não veremos U2, o Morumbi viu e verá. Ficamos sem essas poucas coisas, mas ainda temos as balas perdidas e o medo a nos preocupar e turvar a visão das coisas no dia-a-dia.

J.Felipe

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA.

Tomei conhecimento, e achei por bem repassar... Apenas lembro que estamos no início tardio de estruturação (lenta e corrupta) do país, aos olhos do planeta, para sediar uma Olímpiada e uma Copa Mundial de Futebol.

José Alberto Tavares da Silva
(Cel Ref Tavares)

Passado o OBA-OBA das ações policiais exaustivamente exploradas pela imprensa amestrada, e cessados os ruídos maiores das “operações militares” que envolveram as forças armadas, é necessário fazer uma reflexão sobre muita coisa ocorrida porque, afinal de contas, nem sempre, no fundo, as coisas são como se apresentam na superfície.

Uma coisa é a versão das autoridades, divulgadas pela imprensa, de que o motivo da baderna instituída na cidade do Rio de Janeiro foi a instalação das tais UPP nos morros. Na verdade, o que consta sobre o assunto é que a manifestação de desagrado dos bandidos se deu em face do rompimento de um acordo sobre o pagamento de propinas.

Uma coisa é a informação das autoridades de que o crime organizado está sob controle e outra, bem diferente, foi a demonstração de força dada pelos bandidos em toda a cidade.

Uma coisa foi a divulgação, pelo Sérgio Cabral, de que a intervenção das forças federais atendeu a uma solicitação do governo do estado. Outra, foi a intervenção direta do Lula no problema por não suportar mais uma situação que, inclusive, já estaria prejudicando a imagem do Brasil no exterior.

Uma coisa foi a tal Diretriz expedida pelo ministro general Jobim sobre o emprego das forças armadas. Outra coisa foi a reunião de Lula diretamente com os comandantes companheiros e as ordens para que providenciassem, com urgência, o emprego de suas forças.

Uma coisa foi a aceitação, pelos comandantes militares, da quebra do princípio de emprego das forças armadas em situações de conflitos de natureza interna sob o argumento de manutenção da lei e da ordem. Outra coisa foi a aceitação e o cumprimento pressuroso das ordens diretas do PR no momento em que um novo governo está sendo montado e serão definidos os companheiros comandantes das forças singulares.

Uma coisa foi o emprego de helicópteros militares de várias procedências para localizar e fustigar a bandidagem espalhada por todos os cantos dos morros. Pirotecnia a toda prova. Outra coisa foi a permissão dada pelas autoridades para que as aeronaves militares fossem “policiadas” por outras pertencentes às diferentes cadeias de televisão, impedindo, assim, a faxina de dezenas de bandidos em campo aberto, correndo carregando armas, montados em motos e enchendo carrocerias de caminhonetes. Um espetáculo vergonhoso, mas perfeitamente condizente com a defesa dos preceitos dos atuais governantes.

Uma coisa foi realizar obras do PAC nas favelas. Outra foi a interveniência dos chefes do tráfico para que fossem realizadas alterações nos projetos, de modo a criar vias de escape, como, de fato, aconteceu, com as fugas pelas galerias pluviais.

Uma coisa foi realizar o “cerco completo” do complexo do Alemão. Outra foi deixar livre uma das saídas para a evasão dos “sócios”.

Uma coisa foi a fuga dos bandidos do complexo do Alemão. Outra, muito difícil de controlar, é a dispersão dessa gente fina não só pelos outros morros do Rio, mas, como parece já estar acontecendo, migrando para outros estados.

Uma coisa são as passeatas dos calhordas vestidos de branco pedindo PAZ, desfilando pela Avenida Atlântica. Outra coisa são as reuniões deles mesmos, nas coberturas elegantes do bairro, para cheirar as “carreirinhas da branquinha”.Pacifistas, são os maiores patrocinadores de todas as desgraças.

Uma coisa são as ONGs que se dizem preocupadas com os Direitos Humanos. Outra, são os repasses de verbas, gastas sem prestações de contas, enriquecendo muitos companheiros malandros.

Uma coisa é manter 800 homens da brigada pára-quedista por 10, 20 ou 30 dias. Outra, muito diferente, é manter esses mesmos homens por oito meses, com repercussões administrativas, de instrução, e, mesmo, de disponibilidade para emprego em situações de maior gravidade.

Uma coisa, segundo relato que circula na internet, é um agente da PF dizer para um cabo pára-quedista que ganha quase dez vezes mais que este, sempre às voltas com missões de alto risco. Outra, muito pior, é constatar que esse mesmo agente ganha mais do que muita gente graduada da brigada pára-quedista, o que é fácil de conferir.

Uma coisa é ação pirotécnica. Forças armadas, helicópteros, carros blindados, armas de grosso calibre, televisões ao vivo e em cores, etc. Outra coisa é NÃO AGIR internacionalmente, junto aos provedores das drogas, confraternizando permanentemente com Evo Morales, o Cocaleiro e o bispo paraguaio que preside o principal supridor de maconha. E, para não deixar em situação difícil os companheiros das FARC, também grandes fornecedores do pó maldito, mas amigos do FORO DE S.PAULO ainda dão emprego a pessoa indiscutivelmente ligada às tais forças, no próprio governo, para, curiosamente, trabalhar na Secretaria da Pesca. Pescando o que?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tropa de Elite ao vivo

Ótimo texto do Observatório da Imprensa, como sempre, há quase 10 anos desde que acompanho, um veículo jornalístico sério e de total credibilidade sempre de olho na verdade dos fatos:

Tropa de Elite ao vivo

Por Luciano Martins Costa em 26/11/2010

Comentário para o programa radiofônico do OI, 26/11/2010

Foi um grande espetáculo midiático – mas não se pode afirmar que tenha sido bom jornalismo – a cobertura da guerra contra o narcotráfico nas principais emissoras de TV.

Com apoio de blindados da Marinha, a Polícia Militar, tendo à frente o Batalhão de Operações Especiais, que se celebrizou como o Bope do cinema, ocupou a favela que havia mais de uma década servia como quartel-general de uma das principais facções do crime organizado no Rio.

Foram muitas horas de tiroteios intermitentes entre os criminosos e os cerca de 600 policiais e fuzileiros navais, mas, ao contrário de confrontos anteriores, a população apoiou a iniciativa de ocupar a região.

As autoridades tomaram o cuidado de manter no ar um serviço informativo pela internet, combatendo também nas comunicações e reduzindo o efeito dos boatos. A imprensa atuou com liberdade e as imagens colhidas pelas câmaras viajaram pelo mundo.

Mas há controvérsias: uma nota emitida através do Twitter pelo comando do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio, na tarde de quinta-feira (25/11), registrava que a transmissão ao vivo da operação, a partir de helicópteros da Rede Globo e Rede Record, ajudava os criminosos a entender o espectro da operação policial, facilitando sua estratégia de defesa.

Adiantando o expediente

A Record chegou a responder ao comunicado, afirmando não ter recebido qualquer informe de restrição por parte das autoridades. Nas emissoras do Grupo Globo, tanto nas imagens quanto nos comentários notava-se clara tendência a valorizar os policiais do Bope, transformados em heróis na série de filmes intitulados Tropa de Elite, do diretor José Padilha.

A coprodução do segundo filme da série chegou a ser disputada entre a Record e a Globo, mas Padilha acabou abandonando a parceria com a Record, que ainda tem os direitos de exibição do filme original.

Como nos grandes conglomerados de mídia os interesses jornalísticos costumam se misturar aos interesses políticos e comerciais, não é de se estranhar por que os comentaristas convocados a acompanhar a cobertura dos combates tenham repetido tantos elogios ao Bope e evitado se estender sobre a truculência policial e a corrupção, que ajudam os traficantes a manter durante tantos anos milhões de cidadãos sob sua tirania, e não apenas no Rio de Janeiro.

As primeiras cenas de Tropa de Elite 3 certamente foram tomadas pelo Departamento de Jornalismo da Globo na quinta-feira.

Link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=617IMQ009

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Gostar de Beatles é...




Se arrepiar por 3 minutos e meio ao ouvir Paul soltar: "The long and wiiiiinding roooooad..." e começar a escrever isso aqui.

É sentir o cheiro dos anos 60 e ter saudade de uma época que não viveu.

É saber que a estrutura mais elaborada de composição e arranjo musical começou com os garotos de Liverpool.

É não cair no clichê preguiçoso de dizer que os Fab Four eram os Backstreet Boys de antigamente, o que denota somente falta de conhecimento sobre o que fez a maior banda da história, e como eles, alheios à "Beatlemania", criavam sempre buscando inovações e produziam mais e melhor.

É olhar para treze obras, discos feitos entre 62 e 70, conhecer bem cada um deles e ver a mais contundente prova da genialidade musical do século passado, por saber que numa época pobre em recursos eles inventavam sua tecnologia das formas mais loucas e criativas possíveis, dando vasão a inspiração que transbordava gerando novas concepções estéticas.

É observar como Ringo, o engraçado, a cada imagem, a cada flash, sorria calado sabendo que era o suporte fundamental dessa nave que voava levando poesia, melodia e sentimento ao mundo.

É se emocionar com John, o intelectual rebelde, sua busca por beleza em seu conteúdo e sua luta político-ideológica, perseguida secretamente pela CIA, por um mundo livre digno de paz, até assassinarem sua pessoa mas não sua mensagem: Give Peace a Chance!

É enxergar nobreza em George. O mais virtuoso instrumentista que aos 23, já tomado pelos ideais de meditações e evoluções espirituais, após uma conversa com um amigo escreveu pro Sgt. Peppers algo de tamanha sabedoria humana e profundidade quanto "Within you without you".

É pensar ser extraterrestre Paul, a fábrica de fazer hits, e a sua sensibilidade inigualável para conceber grandes músicas seja ao violão, guitarra, baixo, bandolim, piano e tudo mais.

É se emocionar assistindo esse ex-beatle e mais genial e completo músico do século XX por 3 horas, aos 68 anos, embalar e tirar lágrimas de milhares de pessoas de todas as gerações com seu inesgotável repertório, até nos ensinar antes de sair de cena no grand finale do show que "and in the end, the love you take is equal to the love you make".

É ver como o maior fenômeno da música e da cultura pop de todos os tempos continua sendo inspiração para o mundo, influenciando a arte e a vida.

J.Felipe

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um lembrete do Mario Quintana …



"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira….
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo, a única falta que terá,
será desse tempo que infelizmente não voltará mais."

Mário Quintana

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um olhar sobre os shows de rock que PERDI



Tanto quanto ouvir, conversar e trocar figurinhas sobre música é uma coisa prazerosa quando feito com amigos que conhecem bem o poder de sentir a vibração de uma canção. Conhecem o valor da boa música para a alma e o coração. O sábio Nietzsche já disse certa vez que o mundo seria um erro sem música.

Sou sim um agraciado por ter conseguido ver ao vivo bandas e artistas que com sua música formataram meu coração na adolescência. Sim, aquela fase colegial que você ouve o som mais com o lado emocional do cérebro e menos com o racional, e isso inclui horas ao lado de Pearl Jam, Foo Fighters, Oasis, Silverchair, Guns N' Roses, Alanis Morissette, Roger Waters, Cranberries, Rivets dentre outros nacionais e internacionais que tem o seu som impresso na minha corrente sanguínea ainda que eu os ouça pouco hoje em dia na fase adulta.

Muitos falam fácil dos shows inesquecíveis que foram e presenciaram, sempre na contramão eu pensei um breve ranking dos 4 shows inesquecíveis e fáceis (acessíveis) que eu NÃO fui e que, como beatlemaníaco que sou, certamente será acrescido de Paul Macca caso eu não vá pra Sampa no mês que vem:

Banda: Rush
Disco predileto: Moving Pictures (1981)
Onde/Quando: Maracanã 2002 (DVD Rush in Rio)
Notas: Nem me ligava no som desse trio extraterrestre, mas lembro que no intervalo da minha aula de inglês conversava com um amigo músico no dia seguinte a esse show e ele estava super empolgado falando sobre como era um show deles. Dizia ser outro nível, show com parada no meio pra descansar tamanho o desgaste cerebral. No meio do papo, eu com meus ingênuos dezoito aninhos, solto que não sabia como ele conseguia aturar a música chata e imensa desses caras e recebo de bate-pronto um “Veja bem, você diz isso porque não é músico!”. Fui pra casa e sou muito grato a ele por isso. Vi o tal show clássico que virou o premiado DVD na telinha do Multishow com muita atenção e literalmente pirei. Começando depois a comprar os CD’s e ouvir as músicas de temática filosófica desses velhos. http://www.youtube.com/watch?v=yzM6995klLg
Menos mal: Sossegado e feliz escrevo isso uma semana e alguns dias após esses canadenses terem aportado no RJ e realmente eu ter visto um senhor show. Sabia que não perderia a primeira chance de vê-los fazer o difícil virar fácil a poucos metros de distância no meu canto de sempre na Apoteose.

Banda: New Found Glory
Disco predileto: Hits (2008)
Onde/Quando: Circo Voador 2008
Notas: Que o NFG é uma das bandas mais divertidas de se ouvir, principalmente dirigindo, e possui videoclipes absurdamente bons ("It’s Not Your Fault" meu favorito) já é sabido. O que não se sabia é que em sua primeira passagem pelo país, além de ter sido um show bastante aguardado, foi uma celebração da música e eu não fui só porque passava um momento conturbado. O Circo Voador abriu nesse domingo de novembro pouco após o almoço para início das atividades e subiram no palco Madame Machado, Catch Side, Drive, Strike, meus vizinhos da Let’s Go e os parceiros mineiros da Socket que há alguns meses me aventurei junto num fim de semana louco em Juíz de Fora. O mais esperado veio depois, claro, o final da noite com o último e melhor show da tour pelo país, declarado pelo próprio NFG. Ver o palco tomado por gente que a própria banda deixou subir pra essa celebração denota o bom humor e o clima total de festa, assim como me dá água na boca assistir ao Circo Voador nesse vídeo resumo da mini tour: http://www.youtube.com/watch?v=pS3FJGsXKT0
Menos mal: Os caras tem 13 anos de banda mas são novos e certamente voltarão pra mais uma festa dessa, como deve ser um show do NFG, pura energia e diversão.

Banda: Social Distortion
Disco predileto: Sex, Love and Rock n' Roll (2004)
Onde/Quando: Circo Voador 2010
Notas: Em dezembro passado o falecido Cinematheque de Botafogo recebeu uma boa galera das antigas que cresceu ouvindo as ótimas bandas que faziam a cena dos anos 90 no RJ e foi curtir um super show de reunião dessa galera (http://www.youtube.com/watch?v=eh8E11-ON3c). Cheguei cedo, claro que pra ver o Barneys, precursores do HC melódico no país ainda naquela época, do maior nome de toda essa cena 90’s que é o Fabrício, seja com o Barneys, com o Rivets ou com seu romântico violão solo. Meses depois trocando idéia com esses caras, encontro o Pedro do Carbona saindo do trabalho no centro da cidade que me dá a notícia que a galera Old School vibrou: o consagrado Social Distortion viria em abril no Circo Voador em sua primeira vez na América do Sul. Já sabia que o Social D havia aberto shows da última tour do Pearl Jam, vi vídeos no Youtube do Eddie Vedder muito feliz cantando ao lado do Ness. Dava pra imaginar o que seria esse dia com uma banda de importância internacional semelhante ao Bad Religion para o renascimento punk dos anos 80. Aliando tudo isso ao fato do líder e compositor mega tatuado Mike Ness ser uma das maiores vozes do rock e tido como mito por tudo o que passou na carreira, fonte de inspiração inclusive de canções como “Down” do Pearl Jam, era um show imperdível e clássico antes mesmo de acontecer. Chego no Circo para garantir o ingresso de R$60,00 numa chuvosa segunda antes do show e sou informado que a bilheteria não abre às segundas. Atarefado com trabalho durante a semana, era certo que morreria no dobro disso na mão de cambistas no sábado do show. Pesou junto o fato de que no mesmo sábado as amigas da Agnela fariam o show mais importante desde o Planeta Atlântida, dessa vez junto com o Charlie Brown Jr no Luso de Campo Grande obviamente lotado por elas serem de lá. Em toda balada nossa elas me cobravam e eu prometia presença num show, não pude deixar de ir, beber e curtir com essas garotas.
Menos mal: Vi o showzão do Social D quase todo depois no Youtube e já há boatos de uma volta de Mike Ness ao Brasil. http://www.youtube.com/watch?v=o8eyeIwUmpM

Banda: Silverchair
Disco predileto: Diorama (2002)
Onde/Quando: ATL Hall (atual Citibank Hall) 2003
Notas: Era mais ou menos meio de 2002 e eu corria pra Fnac na semana de lançamento do novo álbum do Silverchair para comprar o meu. Em 2001 a banda tinha parado após o show no Rock in Rio para o continuar ao longo do ano o trabalho em cima desse disco que diziam estar primorosamente composto e arranjado até com orquestra. Cheguei em casa, botei o tal "Diorama" pra ouvir e ao final não entendi nada. Parecia uma nova banda, ainda desconhecida e sem que tivesse algo a se esperar dela. Liguei pro meu amigo de colégio mais fissurado na banda, com quem tinha visto o show no Rock in Rio e informei que já tinha o CD em casa, ele correu lá pra ouvir e também sofreu o mesmo impacto, porém dizia já saber que tratava-se de um disco mais difícil, havia lido entrevistas e segundo ele ouvido "Without You", que já curtia muito. O tempo passou e aquele disco, que no início era meio estranho aos ouvidos, foi crescendo a cada audição e incrivelmente ganhando forma em suas belíssimas melodias. Parecia algo mágico que nunca havia acontecido comigo, um disco se despir aos poucos conforme minha vontade e revelar ser uma obra-prima. Era maio de 2003 e a fissura toma conta, Silverchair voltaria ao Brasil, dessa vez mostrando esse discaço ao vivo no RJ. Aos dezenove aninhos, fiz contato com minha galera da época e na correria do meu primeiro emprego marcava dia pra comprar esse esperado ingresso. Concomitantemente ao show rolaria a primeira edição do festival Coca-Cola Vibezone e as mais de 12 horas de música e atrações diversas que incluíam shows das bandas, pista de dança, pegação, tirolesas etc seduziam essa galera que, na dúvida, postergou a compra dos ingressos até esgotarem ambos os eventos e me fizeram embarcar nessa furada. Perdi o Silverchair em sua melhor fase, tocando seu melhor disco, hoje reconhecidamente um “Classic Album” da Austrália, e com o Daniel brincando de cantar como nunca.
Menos mal: Estava certo de escrever que pra esse ainda não descobri, mas lembrei que existe o lindo DVD duplo gravado num teatro que imortalizou essa tour e essas músicas: "Live From Faraway Stables". http://www.youtube.com/watch?v=b2yqWeIjzz8

;-7

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Marina Colasanti (1972)
Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.


O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Aldous Huxley vs George Orwell


Um maravilhoso embate entre as obras Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell. Certamente dois dos melhores livros que li na vida na época de sociologia e filosofia de faculdade e mesmo antes de achar esse "vamos ver" comparativo já tinha minha predileção por Huxley, o velho era gênio, sabia das coisas. Até a década de 70 sua obra-prima era considerada simplesmente Romance, hoje é uma predição do futuro.


O que Orwell temia eram aqueles que iriam censurar livros.
O que Huxley temia era que não haveriam motivos para se banir um livro, já que de fato ninguém iria ler um.

Orwell temia aqueles que nos privariam das informações.
Huxley temia aqueles que nos dariam tanto que seríamos reduzidos à passividade e ao egoísmo.

Orwell temia que a verdade fosse omitida de todos nós.
Huxley temia que a verdade fosse perdida em um mar de irrelevância.

Orwell temia que fossemos uma sociedade cativa
Huxley temia que virássemos uma cultura trivial, preocupada com algo equivalente a amostras grátis, bacon e gatinhos.

Em "1984" o povo é controlado através do medo.
Em "Admirável Mundo Novo" o povo é controlado através do prazer.

Em suma Orwell temia que o que odiávamos fosse nos arruinar.
Huxley temia que o que amávamos fosse nos arruinar.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

13 de Agosto é Dia do Canhoto.

Ser canhoto é ter de se adaptar a uma realidade espelhada, que se apresenta ao avesso, impondo um mundo invertido, ao contrário daquele que seu cérebro considera natural.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Queria ter lhe conhecido antes!



Muito antes... Para que nenhum de nós dois tivesse medos ou cicatrizes. Queria ter estado com você quando seu coração descobriu o que era AMOR, quando seu corpo descobriu o que era DESEJO. E antes que pudesse sofrer eu estaria do seu lado amando-lhe, entregando-me e juntos poder ter aprendido as lições da vida e do coração.

Queria ter lhe conhecido muito antes quando suas esperanças começaram a nascer... Quando seus sonhos ainda eram puros e seus ideais ainda ingênuos. Pena termos nos encontrado só agora já com o coração viciado em outros amores. Com uma imagem meio falsa do que é felicidade, do que é entregar-se. Queria ter lhe encontrado antes, muito antes numa nova vida, num outro tempo em que não precisássemos temer o nosso futuro nem nossos sentimentos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Comunicação, expressão, movimento...

Termina assim o ciclo 2010 de Clint Eastwood, Bob Dylan, Marília Gabriela, Chico Buarque, Alanis Morissette, Marilyn Monroe, Angelina Jolie, Ernesto "Che" Guevara, Fernando Henrique Cardoso, Luiza Brunet, Maria Fernanda Cândido, Marcos Mion, Fernando Pessoa, Jean-Paul Sartre, Jacques Cousteau, João Gilberto, Ivete Sangalo, Lauryn Hill, Miles Davis, Noel Gallagher, John Kennedy, Brooke Shields, Natalie Portman, Bibi Ferreira, Morgan Freeman, Flávia Alessandra, Anna Kournikova, Chris Martin, Joe Montana, Johnny Depp, Michael J. Fox, Elizabeth Hurley, Lavínia Vlasak, Courtney Cox, Nicole Kidman, Lionel Richie, Brian Wilson e o mais genial de todos esses geminianos: Paul McCartney.

sábado, 17 de abril de 2010

2010 – O FIM DE UM MUNDO?



Como você já deve ter percebido, 2010 começou forte. Parece que a Natureza “ligou o turbo”. No consultório, voltei de um mês de férias e encontrei a maioria das pessoas vivendo uma aceleração radical em seus processos existenciais. Em português simples e claro: “o bicho tá pegando”.

E a Astrologia, esta velha senhora, o que tem a nos dizer nesse momento? Ela pode nos auxiliar de alguma forma a compreendermos e nos posicionarmos melhor em relação ao que está acontecendo, e ao que há de vir?

Do alto de seus 5.000 anos de idade, dona Astrô não se abala muito com pouca coisa. Já viu impérios outrora indestrutíveis virarem ruínas… Já viu civilizações que antes ditavam as regras, virarem pontos turísticos… Viu demônios virarem santos, santos virarem demônios, metalúrgicos virarem presidentes, astros do rock virarem astrólogos, políticos outrora muito populares virarem Judas… Enfim… Ela já viu de tudo… E sabe que “a vida vem em ondas como o mar”… Vem e vai… Vai e vem…

Dona Astrô pode nos auxiliar muito num momento desses, em que a corda está esticando. Pode nos lembrar de que isto é um ciclo, e que os ciclos têm a sua natureza, necessidade e duração.

E que ciclo é esse?

Teremos em 2010, mais precisamente no final de Julho de 2010 um alinhamento que (felizmente) não acontece todo momento.

Urano, planeta regente do signo de Aquário, um dos três “deuses da mudança”, geralmente associado á processos de quebras e rupturas radicais em modelos vigentes, completa uma volta e chega ao primeiro grau de Áries, que é também o primeiro grau de todo o Zodíaco. Só isto, já é um acontecimento astrológico significativo, que marca um momento de renovação.

Junto á Urano, vem Júpiter, considerado pelos antigos, como o grande “benéfico” do Zodíaco, também está associado á avanços em paradigmas ideológicos.

No início de 1762, os dois astros estavam alinhados no primeiro decanato do signo de Áries. Este ano é marcado pelo inicio da guerra entre Espanha, maior potência naval da época, e a Inglaterra, que passaria a ser a nova potência maior. O grande império ibérico caminhava para o fim, e o nascente império anglo-saxão começava a despontar.

Em 1845, Urano e Júpiter encontraram-se mais uma vez nos primeiros graus de Áries. Naquele ano, o parlamento britânico promulgou a “Lei Aberdeen”, que foi um passo decisivo para a futura libertação dos escravos, evento que também, sem dúvida nenhuma, foi paradigmático para os padrões da época, e iniciou um novo ciclo para a humanidade, visto que teve um impacto profundo nas relações sociais e econômicas dali para frente.

Em Julho de 1927, novamente Urano e Júpiter chegavam aos primeiros graus de Áries. Aquele foi um ano marcado pela primeira travessia sem escalas do Atlântico, realizada por Charles Lindbergh em seu “Spirit of Saint Louis”. Evento que sem dúvida deixou o mundo muito “menor” do que era até então. Aquele ano também foi marcado por acontecimentos políticos radicais que tiveram importância capital nos desdobramentos futuros. Em Agosto, uma revolta do exército chinês dá origem ao que viria ser o “Exército Vermelho”, que teve papel fundamental na revolução que transformou a face e a história daquele antigo país, e está na base do peso que ele tem hoje no planeta. Naquele mesmo ano, Benito Mussolini promulga a “carta do trabalho”, que transforma a Itália em estado corporativo, e abre as portas para o Fascismo, e Josef Stálin, após expulsar León Trotsky, torna-se líder absoluto do PC e da URSS. Novamente, um mundo estava terminando, e outro estava começando.

Como podemos ver, este alinhamento marca o início de uma mudança radical. As pessoas estão fazendo barulho á respeito de 2012, mas na verdade, o mundo acaba mesmo, é em 2010. Pelo menos o mundo tal qual o conhecemos até aqui.

O céu de 2012 não apresenta nenhum aspecto astrológico radical. Nenhum que chegue próximo ao que teremos esse ano.

Se não bastasse o encontro de Júpiter e Urano em Áries, que como vimos, marca novos momentos politico-ideológicos, temos ainda a posição de Saturno, senhor do tempo e das colheitas nos primeiros graus de Libra, fazendo uma “oposição” exata á conjunção Júpiter-Urano. E Saturno não está só. Com ele vem Marte, como todos sabem, o senhor da guerra. Se isso tudo não bastasse, Plutão, outro “deus da mudança”, implacável e compulsivo, faz uma “quadratura” á esse povo todo, nos primeiros graus de Capricórnio, outros signo “Cardinal”.

O céu está pesado. De todas as conjunções anteriores que eu citei, essa é, sem dúvida, a mais tensa e a mais radical. O velho e o novo estão cara-a-cara para um confronto que já se anuncia há uns três anos. E agora não tem mais como “empurrar com a barriga”, “não tem mais pra onde correr”.

O que está vindo pela frente?

Quem tiver olhos, verá… Um velho mundo morrendo, e um outro, novo, nascendo…

Todos já estamos sentindo a onda gigante de renovação que está chegando…

As mudanças acontecem em todos os níveis: no planeta, em nosso país, aqui no DF e também, como não poderia deixar de ser, em nossos lares, consciências e em nossas vidas. Todos gostam de mudanças planetárias, mas quase ninguém gosta quando elas começam a acontecer em nossas vidas, de verdade.

Quase todos nós, conscientes disto ou não, admitamos isto ou não, somos apegados aos modelos e estilos de nossas vidas, por mais deficientes e causadores de sofrimento que eles sejam. Faz parte de nossa natureza. Somos todos, mais ou menos conservadores. Basta ver quando algo realmente novo chega a Terra, a reação contrária que causa, e a pouca adesão que conquista, num primeiro momento.

O Cristianismo hoje é uma potência política e econômica, influindo em governos, movimentando bilhões e capitaneando guerras. Mas no começo, se limitava a doze pessoas, e durante quinhentos anos, ser simpático a esta idéia era motivo bastante para mandar alguém ser almoço dos leões.

Só que tem momentos, que é mudar ou mudar. E esse é um desses momentos.

Todo esse transtorno e esse “rebuliço” em nossas vidas são as mudanças chegando e batendo na porta dos nossos velhos estilos de vida, que se defendem como podem. Com unhas e dentes, como Saturno e Marte sinalizam.

Será que estamos dispostos a mudar? Será que sabemos o que precisamos mudar? Ou será que ainda estamos pensando que os problemas em nossas vidas são causados pelo ex, pela ex, pelos filhos, a sogra, pelo Lula, pelo Arruda, por nossos inimigos, Deus, o diabo, etc.?

A Tsunami da transformação planetária está batendo na praia. Ou pegamos essa onda e vamos com força para a frente, ou ela nos pega e quebra a espinha dorsal de nossas resistências. A hora de mudar é agora. Se a sua vida já está de pernas para o ar e você não está dando conta sozinho, procure ajuda. Um médico, padre, psicólogo, terapêuta, astrólogo, um amigo de verdade… Enfim, alguém que possa te ajudar a se enxergar, que nós não viemos equipados de fábrica com espelho retrovisor. Somos todos muito hábeis para enxergar cisco no olho do irmão, e cegos para ver a trave em nosso próprio olho… Boa sorte amigos, e coragem… Toda força á frente que o novo nos espera… E sua urgência ruge…

[]s C.Maltz.

http://www.carlosmaltz.com.br/home/

quinta-feira, 25 de março de 2010

Homenagem à chegada do outono...

...época em que minha vida sempre acontece e aconteceu.


"A gente não quer só dinheiro, a gente quer dinheiro, diversão e uma temperatura máxima de 23ºC." \o/

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

"É coisa de maluco, alguém falou..."



Agora com a cidade comprovadamente pondo até o Saara no chinelo a gente constata de forma certeira que a previsão meteorológica quase diária de 38º a que se referem os jornalistas deve ser a da casinha deles. Protetor solar é o grande equipamento de segurança individual. Reflita: talvez esse mundo seja o inferno de outro planeta.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Salvation, salvation... Salvation is free




Falando de música, o mundo gira e é estranho observar que algumas bandas de pop rock deveras cascudas e renomadas como the cranberries, iron maiden, rolling stones, bad religion, rush (esses últimos com mais de 30 anos de vida) etc junto com outras que uma pequena parcela privilegiada conhece, tão ou mais talentosas, só melhoram com o tempo. São massacrantemente superiores em performance se comparado a quando eram mais novos, salta aos olhos ver um concerto dessas bandas.

Em contrapartida vemos o que sobrou de artistas que já tiveram seu momento de glória como u2, pearl jam, soundgarden, smashing pumpkins, guns n' roses (a piada que sobrou) etc. envelheceram e hoje soam como covers piorados de si mesmo. Discos insossos e pouco criativos, performances ao vivo acomodadas, vocalistas que só pioram no que tem de fazer melhor. À parte a opinião sempre apaixonada de quem é fanático, somente se distanciam do que já fizeram um dia com sua arte.

It's better to burn out than you fade away dizia Young, sempre único, abrindo o sensacional Rust Never Sleeps. Cobain estupidamente seguiu a risca, mas realmente hoje não dá para vê-lo como decadente no que construiu (e abriu) para o cenário rock alternativo dos anos 90, a última leva talentosa do segmento.

J.Felipe

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

"Video-games não influenciam crianças. Quer dizer, se o pac-man tivesse influenciado a nossa geração, estaríamos todos correndo em salas escuras, mastigando pílulas mágicas e escutando músicas eletrônicas repetitivas."
(Kristian Wilson, Nintendo Inc, 1989.)

Poucos anos depois surgiriam a música techno, as raves e o ecstasy... ;)